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A interpretação é parte essencial do ministério pastoral, pois ela orienta como aplicamos a Palavra de Deus nas situações da vida real. Diante do desafio de abordar o tema da homossexualidade, especialmente quando um casal homoafetivo começa a frequentar a comunidade, minha postura seria guiada pela hermenêutica do amor e do cuidado pastoral.

Como pastora, eu buscaria primeiro ouvir e acolher, lembrando que toda pessoa é criada à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.27). Evitaria interpretações literais isoladas, procurando compreender o texto bíblico dentro de seu contexto histórico e teológico. A partir disso, conduziria a comunidade a uma reflexão madura e compassiva, mostrando que o papel da Igreja é oferecer graça, não exclusão.

Minha abordagem seria centrada em acompanhar pastoralmente essas pessoas com respeito e empatia, mantendo sempre o diálogo com a comunidade. Assim, a interpretação se torna um ato de cuidado um meio de revelar o amor de Cristo, que acolhe, transforma e chama todos à comunhão.

Diante do desafio de abordar a homossexualidade na comunidade de fé, minha abordagem hermenêutico-teológica combinaria amor, estudo bíblico, cuidado pastoral e discernimento ético, sempre respeitando a vida das pessoas e ensinando antes de julgar. É fundamental interpretar as Escrituras considerando seu contexto histórico, cultural e literário, ao mesmo tempo em que acolhemos e ouvimos os membros com empatia. Já vivenciei isso na minha igreja de origem, quando um casal de mulheres frequentava uma célula de mulheres, depois participaram da igreja, se batizaram e se converteram, graças ao amor e ao ensino recebido. Devemos equilibrar verdade e amor, lembrando que antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo (Efésios 4:15, NVI), promovendo diálogo, ensino e cuidado espiritual.