Roberto Magalhães dos Santos
04/09/2025 10:43:01
Robinson Cavalcante (2009, p. 14) afirma que: Ser político é algo inerente à condição do ser humano. Política significava, originalmente, o conhecimento, a participação, a defesa e a gestão dos negócios da polis (cidade-estado na Grécia). A vida social no seu todo, ou em cada um dos seus grupos ou instituições componentes, é uma vida política. Impossível a existência sem autoridades, normas, sanções, mecanismos de participação, formas de decisão. Vê-se o político pelo ângulo do poder inerente ao social. Abstraindo-se o conceito de poder, o social daria lugar ao Caótico. A partir dessa premissa, para maior aprofundamento sobre o tema, recomendo a leitura da introdução (pag. 11-17) do livro abaixo:
CAVALCANTE, Robinson. Cristianismo e Política:Teoria Bíblica e Prática Histórica. Viçosa: Ultimato, 2009. Disponível em:
Com base na leitura indicada, e dentro de uma perspectiva de Cosmovisão Cristã, como deve acontecer o envolvimento dos cristãos na política?
Francisco Rosseldo Costa
03/12/2025 21:41:55
Dentro de uma cosmovisão cristã, o envolvimento político do cristão deve acontecer com responsabilidade, discernimento e fidelidade ao Reino de Deus.
À luz de Robinson Cavalcante, isso significa que:
1. O cristão deve se posicionar.
A política faz parte da vida humana, e a fé não é vivida fora da sociedade. Participar, opinar, votar, defender justiça e promover o bem comum são expressões concretas do amor ao próximo.
2. Mas o cristianismo não se rende às ideologias humanas.
Nenhuma ideologia, partido ou movimento pode reivindicar autoridade absoluta sobre a consciência cristã. O discípulo de Cristo se engaja, mas não se deixa capturar; atua na polis, mas sua lealdade final é ao Reino.
Assim, o cristão participa politicamente, sem idolatrar projetos humanos, discernindo tudo à luz da Palavra e buscando agir com justiça, misericórdia e verdade.
Pedro Paulo Marçal Araujo
02/12/2025 15:47:02
A política é uma dimensão fundamental da condição humana, tornando impossível viver em sociedade sem autoridades, normas e mecanismos de participação. Originalmente, a política envolvia o cuidado e a gestão dos assuntos da polis, ou seja, a vida da cidade-estado. Nesse sentido, toda organização social possui uma dimensão política, pois o poder é necessário para evitar o caos e promover a ordem.
O cristianismo, ao longo da história, tem se relacionado com a política de maneiras diversas, influenciando e sendo influenciado pelo contexto cultural, social e econômico das sociedades em que se insere. A ética cristã aplicada às decisões sociais e ao papel do cristão na esfera pública é um tema complexo e desafiador.
A interação entre cristianismo e política apresenta desafios, como equilibrar fé e atuação cívica, evitar a imposição de crenças em contextos pluralistas e promover justiça social sem comprometer a integridade espiritual. Além disso, existem desafios atuais, como o uso político da religião para fins partidários, a passividade cristã frente a injustiças sociais e a dificuldade de discernir entre participação cidadã e ativismo religioso excessivo.
No entanto, a política também oferece oportunidades para que os cristãos exerçam valores bíblicos, influenciem positivamente a sociedade e promovam o bem comum. Guiados pelos princípios de justiça, amor e integridade, os cristãos podem contribuir para uma sociedade mais justa e equitativa, refletindo a graça e a misericórdia de Deus.