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A ligação de John Wesley com as crianças é muito mais do que um posicionamento teológico. Mesmo com a visão que temos da sua teologia prática, ele demonstra amor pelas crianças como uma referência ao amor de Cristo por elas.

Não é o caso de apenas pensar que a criança deve ser formada, desde pequena, como um discípulo de Cristo, conhecendo a salvação e a Bíblia, mas se importar com o futuro delas, dando conhecimento, transmitindo sabedoria bíblica, mas cuidando e demonstrando amor para que tenham, desde pequenas, uma experiência com o Espírito Santo, através da vida das pessoas que as ministram.

Hoje, em nossas igrejas, muitas vezes temos a visão apenas de preparar nossas crianças para que sejam membros que deem continuidade ao legado da família dentro da igreja local, ou até temos programações e cultos para que as crianças não atrapalhem o culto dos pais. Precisamos resgatar a visão de Wesley em que as crianças vivem o momento de suas vidas com a ação e a experiência do Espírito Santo. São formadas sim e de forma integral, mas também encontram a ação de Deus em cada momento de ministração.

Sim, as concepções iniciais de Wesley e a Escola Dominical têm lições muito úteis. A visão de uma educação integral, que une instrução bíblica, formação moral e desenvolvimento social, é extremamente relevante. O compromisso com a inclusão das crianças, especialmente as mais vulneráveis, desafia a igreja a ser um espaço de acolhimento e transformação. A ideia da comunidade de fé como agente ativo na formação das novas gerações, priorizando o ensino e o discipulado infantil, é um legado poderoso. Precisamos resgatar a paixão por instruir crianças nos caminhos do Senhor, adaptando os métodos, mas mantendo o propósito de formar vidas para Cristo e para a sociedade.