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A presença das mulheres na missão metodista brasileira é um testemunho vivo do amor e da ação de Deus. Embora a educação tenha sido uma porta de entrada fundamental para muitas, a verdade é que o impacto feminino se estende por cada fibra da Igreja Metodista em nossa nação, impulsionando a missão divina de salvar o mundo.

Historicamente, e até hoje, as mulheres não se limitam ao ensino. Elas têm sido pioneiras em ações sociais e diaconais, estendendo a mão aos mais vulneráveis. Seja na organização de cozinhas comunitárias, na distribuição de auxílio a famílias em crise, ou na criação de abrigos para mulheres e crianças vítimas de violência, a compaixão feminina se traduz em serviço prático. Elas são a linha de frente que materializa o amor de Cristo, atendendo às necessidades básicas e promovendo a dignidade humana.

Além disso, a liderança feminina tem crescido exponencialmente. Mulheres assumem papéis vitais como pastoras, evangelistas, líderes de departamento e presidentes de conselhos, guiando e inspirando congregações. No campo missionário, elas desbravam novos territórios, levando a mensagem do Evangelho a comunidades urbanas e rurais, muitas vezes com criatividade e adaptabilidade impressionantes. A evangelização, em suas diversas formas, seja presencial ou digital, é fortemente impulsionada pela paixão e dedicação das mulheres.

A voz feminina também se faz ouvir na luta por justiça social, de acordo com os princípios de Wesley. Defendendo causas contra a desigualdade, o preconceito e a injustiça, tanto dentro quanto fora dos muros da igreja, mostrando que a fé não é estática, mas ativa na transformação da sociedade.

Assim sendo, conclui-se que a contribuição das mulheres na Igreja Metodista é um rio caudaloso que irriga todas as áreas da missão. Elas são educadoras, diaconisas, líderes, evangelistas e profetas de justiça. Sem elas, a abrangência da missão metodista no Brasil seria consideravelmente reduzida.

A rigor, as missionárias metodistas tinham consciência de que elas representavam uma minoria, seja porque pertenciam a uma igreja protestante em um país de maioria católica, seja porque no Brasil a educação escolar das crianças era um ofício de homens. No entanto, esta visão patriarcal dos atores educacionais foi, pouco a pouco, rompida graças à ação pedagógica das missionárias pedagogas metodistas (GAZETA DE PIRACICABA, 1890).

Vejo que é importante citar este trecho do texto que lemos, pois um dos legados dessas mulheres foi educar nos princípios e valores cristãos e metodistas, gerações que ocuparam lugar de destaque na política e economia e profissionais liberais de sucesso.

Mais do que apenas educar, elas puderam através da sua ação demonstrar o amor de Deus e criar um ambiente não só de aprendizado, mas de educação cristã, inspirado na visão de Wesley de transformar a nação através do evangelho e santificação.