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Desafios teológicos para a continua reforma da igreja protestante

George Jeovanholi Paradela

08/04/2025 18:03:30

   Um lema central da reforma protestante é Ecclesia reformata et semper reformanda secundum verbum Dei (Igreja reformada, sempre reformando de acordo com a palavra de Deus). Assim sendo, o desafio dessa disciplina é que vocês leiam as 95 teses de Lutero (Segue o link: https://www.monergismo.com/textos/credos/lutero_teses.htm) e escolham um tema presente nas teses da reforma luterana no qual você identifica que ainda é um problema teológico que precisamos tratar/reformar como igreja na contemporaneidade.

Desenvolva um texto que será uma orientação teológica/pastoral para a sua igreja (obs. Se possível e seu pastor/a permitir peça que seu texto seja compartilhado com a igreja). No corpo do texto, apresente a tese de Lutero que te motivou a escrever sobre o tema, contextualize com a realidade atual e apresente soluções bíblico/pastorais para a questão.

Giovanna Jeronymo

15/06/2025 18:51:58

A tese escolhida para reflexão foi a tese 43, ela nos traz um peso sobre nossas atitudes quanto aos necessitados e como muitas vezes, depositamos todo nosso tempo nas ações da igreja, para a igreja e esquecemos sobre quem está fora, como os necessitados e pobres. 

O texto dessa tese diz o seguinte: Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres ou empresta aos necessitados está fazendo melhor do que se comprasse indulgências (Tese 43 - Martinho Lutero)

Quero refletir outra vertente que não o dinheiro para essa análise, as indulgências nada mais foram que pagar para a igreja, dar à igreja, para receber alguma coisa (no caso da época, normalmente era a salvação). E nós não fazemos isso em nossas igrejas até hoje?

Damos a mais no dízimo não por lealdade e mordomia divina, mas para que o pastor veja que sou um bom dizimista. Vamos para os eventos para ajudar, mas com o coração pensando em quem vai estar vendo nossas ações ou fazemos para cumprir a escala. Vamos refletir nesse momento sobre onde está nosso coração quando fazemos algo. É uma troca, sempre. Mas quando ajudamos os pobres e necessitados, vira uma via de mão única e não vemos um resultado. A minha proposta é a popularização do ministério de ação social em todas as igrejas, com pessoas realmente ajudando e pondo a mão na massa para que, não apenas o nome de Deus seja engrandecido pelo amor transmitido, mas para que realmente mude a vida de alguém em nome de Jesus. 

O homem já fez tanto em nome de Cristo de maldade e enganação, porque nós não podemos intensificar as boas obras em nome dEle?

Algumas atitudes que eu sugiro também são parcerias com ONGs, hoje vi no grupo do meu prédio, por exemplo,  uma moça que é da igreja católica falando sobre uma ação que eles estão fazendo, é uma adoção temporária para que crianças que iriam para o orfanato esperar serem adotadas, ficam com famílias por até 18 meses, caso nesse período nenhuma família adote, ela iria para adoção. Mas são 18 meses que podem salvar a alma da criança.

Que possamos ser uma nação que ouve o clamor dos necessitados, assim como Jesus e retribuamos o que Ele nos dá.

LUIZ CARLOS MONTEIRO DOS SANTOS FILHO

15/06/2025 04:13:08

ORIENTAÇÃO PASTORAL: SOBRE A FÉ, A GRAÇA E O PERIGO DE MERCANTILIZAR A RELIGIÃO


Amada igreja do Senhor,


Graça e paz!


Diante dos tempos que vivemos, gostaria de trazer uma reflexão importante, baseada tanto nas Escrituras Sagradas quanto na história da fé cristã. Quero falar sobre uma das 95 teses de Martinho Lutero, escrita em 1517, que continua desafiadora e extremamente atual:


Tese 27: "Pregam doutrina humana os que dizem que, logo que o dinheiro tilintar caindo na caixa, a alma sairá voando do purgatório."


Lutero escreveu isso denunciando a venda de indulgências, ou seja, ensinando que ofertas em dinheiro poderiam comprar o perdão dos pecados ou reduzir penas no purgatório. A crítica dele era clara: a graça de Deus não está à venda
O perdão é um dom gratuito, recebido pela fé em Jesus Cristo, e não com uma oferta.

Mesmo depois de tantos séculos, hoje enfrentamos uma realidade parecida. Muitas igrejas e lideres cristãos ainda associam bênçãos espirituais ou prosperidade material ao valor das ofertas dadas. Pessoas são ensinadas a dar "determinadas quantias" com a promessa de receberá cura, emprego, reconciliação familiar ou até mesmo a salvação. Isso meus irmãos e irmãs, é um grande perigo teológico e uma afronta à centralidade de Jesus Cristo e à suficiência de sua obra na cruz.

A Palavra de Deus é clara:

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef 2:8-9).

Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor (Jr 23:1).

Como igreja, precisamos retornar ao evangelho puro e simples. O povo de Deus deve ser ensinado a ofertar e dizimar com alegria, por gratidão, e não por medo ou por barganha (2Co 9:7). Devemos denunciar toda forma de manipulação espiritual que transforme o altar em um comércio e a fé em moeda de troca.

Orientações pastorais que devemos seguir:

Ensinar fielmente a graça A salvação é dom de Deus. Nenhum valor financeiro pode comprá-la.

Praticar a mordomia cristã saudável Ensinando que dizimamos e ofertamos com alegria, como expressão de fé, e não por imposição.

Combater o falso ensino com a verdade bíblica Pregando as Escrituras com responsabilidade.

Cuidar dos feridos pela religião mercantilizada Acolhendo com amor aqueles que foram explorados e feridos por doutrinas humanas.

Concluo reafirmando: Jesus Cristo é suficiente. Seu sangue é suficiente. Sua graça é suficiente. Nada mais é necessário para o perdão, senão crer em Jesus com todo o coração.

Que a nossa igreja continue sendo um lugar onde o evangelho é anunciado com integridade, onde as Escrituras Sagradas são respeitadas e onde a fé não é usada como moeda de troca, mas como caminho de vida em Jesus Cristo.

Com amor em Cristo Jesus,

 Pr. Luiz Carlos

 

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